quarta-feira, 13 de novembro de 2013

“nem eu te quero partilhar !”

Veio assim do nada, numa conversa que quase poderia ter sido banal – se já não fosse por si só invulgar estarmos a trocar mais de dois sms. Dois sms é o costume entre nós, o primeiro para mostrar “pensei em ti”, o segundo para responder, sempre com um pormenor querido, provocador ou brincalhão – porque quando só se tem uma mensagem, há que fazer valer o texto.
Em raras excepções, trocámos perguntas ou respostas rápidas e concisas. Quando é para combinar, ele telefona e quando eu quero combinar mando-lhe uma mensagem a pedir-lhe para me ligar, quando tiver um bocadinho – o Man tem horários diversos, que eu nunca acompanho muito bem. Conversas temo-las cara a cara, no carro, no sofá, na cama – conforme bate a vontade.
Hoje, depois do habitual, surgiu um “quero estar contigo mais logo” e, depois de algumas provocações, aquele “nem eu te quero partilhar !”. Respondi em tom de brincadeira e de provocação – que de momento até me andava a satisfazer, por isso tudo bem.


Sinto vontade de repetir que não quero apressar isto porque continuo a não saber em que pé é que o Man está e o que ele realmente pretende – mas quem não sabe onde está ou onde quer chegar, sou eu!
Eu é que estou a ser covarde, cheiinha de medo de dar confiança e de ser lixada – porque já o fui. Repleta de receio de me apaixonar e de parecer ridícula – face a nossa diferença de idades! Preocupadíssima com aquilo que ele vai pensar de mim – quando nunca me preocupei com o pensar de ninguém! Lá bem no fundo eu sei que estou caidinha, muito antes de estarmos juntos já ele me arrancava sorrisos, já o meu olhar se prendia nele. Agora, conquista-me todos os dias com as coisas mais parvas e mais simples – sempre tão adequadas e cheias de pormenores que nunca passam despercebidos.
Mas enquanto tudo isso for só meu ele não saberá o quanto pode magoar ou atingir – e eu só não quero ser magoada ou atingida. Mas também quero ser honesta com ele e quero que ele saiba em que pé é que eu estou, que estou nisto a sério e que estou com ele não só para os sorrisos e bons momentos.

Preciso de ganhar coragem e de me arriscar – preciso de ser eu, directa até no que não devia, que fala sem pensar na consequência das palavras – mas está a ser difícil…

ღ Elizabete

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