segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Eu disse que não ia comentar!

Disse, porque é um tema que aborda mil e uma questões, opiniões e crenças que não pretendo meter em causa, nem argumentar – principalmente por ser uma pessoa nervosa.

Mas para mim, estar calada é como um colete-de-forças, por isso vou falar – só um bocadinho.

Crianças – minhas pessoas – precisam de Amor, Carinho, Atenção, Tempo, Dedicação e Educação. Dessas coisas todas, elas aprendem outras, das quais também precisam muito – Valores, Amor-próprio, Compaixão, sentido de Justiça e Respeito. E todas essas coisas, que são essenciais em sociedade (apesar de não parecer, neste país), são desenvolvidas por pessoas – com a ajuda de pessoas.
E pessoas – minha gente – não se define por géneros, define-se por atitudes - há as boas, há as más e há as assim-assim, algumas perdem-se pelo caminho, outras encontram-se a meio e redimem-se – é como em tudo, há o bom e o mau, só não há o perfeito.

E o “normal” – por definição do Dicionário de Língua Portuguesa:
1 – Conforme a norma ou a regra

2 – Que serve de modelo, exemplar
3 – Regular, habitual, ordinário
4 – […]
5 – Que não sofre de perturbações a nível físico e/ou psicológico
6 – […]
7 – […]
… do qual tanto se fala e pelo qual tantos pregam – não tem sequer sentido na prática. Porque normal, ninguém quer ser. Exemplar? Ninguém o é. E habitual e ordinário, ninguém gosta. Regra? Quebramo-las todos os dias em nome das coisas mais insignificantes.

Para os mais “reticentes” até anda por aí um estudo realizado por psicólogos que garantem que “Homossexualidade não se pega”!

Esta para mim – foi a gota de água do ridículo. Quanto dinheiro se terá desperdiçado num estudo deste, quando se podia estar a curar o cancro – ou a própria homossexualidade, já agora?
Fique esclarecido, que gente que tem dúvidas dessas, provavelmente sofre dessa mesma homossexualidade renegada – transmitida por via aérea, claro – ou, no mínimo, de homofobia.
Mas sejamos honestos, foi um estudo necessário para acalmar certas almas.


Dito tudo isto, sobram ainda as instituições. Essas estão só a abarrotar de crianças, de dificuldades, de FALTA de pessoal e de mais cortes orçamentais, no pouco orçamento que já tinham – mas crianças, têm de sobra. Dessas, espera-se que cresçam sem se tornar delinquentes, sem fugir antes da maioridade e sem matar ou violar ninguém – porque isso já é uma vitória.
E sem apontar dedos de culpa a ninguém, devemos de realçar o óbvio – o óbvio é que um pai, uma mãe, um pai e uma mãe, dois pais ou duas mães serão sempre mais eficientes a fornecer o essencial: Amor, Carinho, Atenção, Tempo, Dedicação, Educação,… do que qualquer instituição sobrecarregada ou voluntário que dispensou 4horas do seu tempo numa semana ou num mês.

Heterossexuais não são mais, nem menos aptos a dar amor do que Homossexuais - nem vice-versa. Amor, está mais do que provado, não tem limite de idade, nem de géneros, nem de orientação. Pessoas que têm de lutar durante anos para adoptar serão sempre melhores pais do que aqueles que deixaram um bebé no lixo, ou no esgoto – indepentemente do sexo e da orientação sexual de uns e outros.
Quem dera a muitos de nós, gente com um pai e uma mãe – ser filhos de lutadores, dispostos a tudo por amor a um SER que nem é deles (ainda)!
 
A ideia, era só pararem de se agarrar a preconceitos e agarrarem-se a Amor - parece-me a mim.

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