Sempre ouvi dizer que tem de se dar “tempo ao tempo”, que “tudo passa, com o tempo” e que “o tempo cura tudo”.
A minha reacção a essas frases cliché varia consoante a minha disposição na altura. Mas no fundo, aquilo que eu penso é que nos adaptamos e aprendemos a viver com as situações e com os sentimentos – com o Tempo – e que o dito cujo, não cura nada, nem resolve nada, mas lá ajuda talvez em qualquer coisa.
Segunda-feira, a pessoa que considerei durante muito tempo como “o tal”/”o único” – fez anos. Lembrei-me disso, umas 2 ou 3 vezes, mas por falta de Tempo, não liguei, nem mandei mensagem. Mandei ontem, para não deixar passar em branco, porque afinal ele tinha sido “o tal”/”o único”, durante muito tempo.
Estava a escrever a mensagem, quando dei por mim sem saber quantos anos é que ele fazia e suspirei. É isto que o Tempo faz, atenua as situações de tal maneira que as torna suportáveis, convivemos com as coisas durante tanto Tempo, que somos obrigados a metê-las para trás das costas e a focar no que realmente interessa e importa – no momento.
O Tempo, tem passado a voar – este ano (2013) mais do que nunca – e sinto que não me tem marcado muito. É claro que estou diferente, de há 1 ou ano e de há 2 e de há 3, mas isso acho que o devo aos momentos bons e maus e às pessoas – não ao Tempo.
Quanto à saudade, talvez o Tempo a tenha apagado por mim, ou talvez eu tenha aprendido a conviver com ela, ou se calhar a minha maneira de ser hoje em dia tenha acabado com ela – certo é, que quando dizem “para dar Tempo” e que o “Tempo ajuda”, não deixa de ser verdade, desde que o vosso Tempo seja recheado de Momentos.
Porque a vida é feita de momentos – o Tempo, esse, só vai passando e é bastante insignificante se não for comemorado com momentos!
*A sentir-se realizada*
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