Man Detox – Ou Não…

Ontem, depois do ginásio e de uma mini-distensão muscular – que fiz logo no final da primeira aula – segui para casa a pé, o Man pareceu surpreendido com um “Já vais?”.
Sim, já ia. Já deveria de ter ido há muito tempo – pensei eu.
Não tínhamos falado nada no fim-de-semana – e no domingo a noite, não lhe respondi á mensagem de boa noite, na segunda-feira ele pagou com a mesma moeda e não respondeu a minha mensagem cínica de bom dia.
E eu não estava insatisfeita com a situação – pelo contrário – tinha decidido que estava na altura de fazer uma “Cura Detox do Man” e estava lançadíssima para tal.
Quando cheguei a casa, esperava-me um SMS a perguntar se queria estar com ele. O sorriso foi instintivo – queria, até porque queria ser péssima e obriga-lo a trazer-me a casa e também tinha de lhe dizer que estava em fase de me distanciar.
Chegou tardíssimo e já fora de horas – para mim – devido a uma reunião, mas cheguei perto dele com um sorriso largo e cheia de boa disposição. Falei bastante o caminho todo, de trabalho e do meu dia, mal notando que ele pouco falava – afinal, ele nada tinha falado durante 3dias, por isso não era de estranhar.
Falou quando parou o carro.
Falou dele, falou de nós, falou de mim e voltou a falar dele.
Escutei com atenção, presa a cada palavra, tentei assimilar tudo e perceber realmente – em vez de só ouvir. Passei por várias sensações – inclusive a de espanto, a de choque, a de carinho e a de satisfação – mas a que ficou no final, foi a de dúvida.
Lá estava eu novamente a perder a postura – lá estava eu, a querer marcar uma posição e ele a estragar-me os planos com argumentos totalmente válidos e lógicos – e eu ainda nem tinha dito nada!
A surpresa é um elemento ao qual eu não me habituo – é essa a ideia, eu sei – e vê-lo ali, tão honesto e tão aberto, num momento em que eu me ia, literalmente, fechar áquilo que era a nossa “relação” – deixou-me completamente desnorteada.
Acabei por não dizer da minha justiça – chegámos naturalmente a conclusão de que estamos em sintonia quanto a nossa situação. Estamos a gostar de estar juntos, mas acabamos por estar um bocado de pé atrás com tudo isto – apesar de ser por motivos diferentes.
Demos um passo ontem, ao definir que estamos disponíveis para mais, se for o caso, mas que não íamos forçar nada.
No final, enquanto víamos uma série, dei por mim a relaxar. Afinal, se eu estava ali, é porque ambos nos sentíamos bem – e não havia um centímetro de mim que sentisse o contrário. E isso, é o que eu quero – não peço mais senão estar bem e, por norma, estou.
Quanto ao resto - o único detalhe que me incomoda de verdade – nunca tentei mudá-lo, acho que tenho de começar por aí.
Mas este fim-de-semana não, porque ando com nostalgia de estar com a prima – a ver se é desta!

Diz ele que gosta de mim e do tempo que passamos juntos, respondi que também gosto do tempo que passamos juntos – gostar dele está implícito, certo?
Oh! E somos exclusivos!
*Acho que essa parte me caiu muito bem*