Hoje venho partilhar um link - de um blog também, de uma
pessoa que me é muito querida e que escreveu um texto que me tocou mesmo fundo.
Não perguntem se foi por me identificar com certas coisas que lá são ditas, ou
por me trazerem recordações de momentos, ou por ter sido escrito num dia um
bocado eufórico para mim… Mas independentemente do motivo, acho que devem de
ler, por ser um texto espectacular:
http://cronicasdavitima.blogspot.pt/2013/10/tenho-horror-ao-amor.html
Eu mesma já o li duas vezes, vou agora interromper a
minha escrita para ler a terceira – porque foi esse texto que me deu vontade de
escrever este post.
Eu não tenho horror ao Amor, até já fui apaixonada por
ele – ou melhor, pela ideia que “dele” tinha, achava que Amor implicava paz de
espirito, simplicidade, facilidade (!) – achava que quando “amasse” de verdade
é porque seria correspondido (achava que só havia Amor se fosse de parte a
parte) e que isso tornaria tudo perfeito, que encontraria aquela relação
perfeita e que seria tudo fácil…
Estava enganada (sim, hoje parece óbvio…), já amei
de verdade, ao ponto de deixar que o mundo gire em volta daquela pessoa, já dei
tudo e – surpresa minha – sem receber nada (ou muito pouco). E lá estava eu,
cheia de Amor, mas nada sendo fácil, ou bonito, ou perfeito. Houve sofrimento,
lágrimas, fim do mundo – o meu ruiu – e Amor, esse havia de sobra, só que eu já
não sabia o que fazer com ele, ou comigo!
Então, quando lá recuperei todos os pedacinhos de mim,
decidi que pela minha parte, eu e o Amor estávamos resolvidos…
Só recentemente é que me apercebi de quão literal foi
essa minha decisão – quando me disseram que era fria e insensível, que não
tinha sentimentos… É claro que tenho sentimentos, só não tenho sentimento de “Amor”
e até esse devo de ter – só não acho necessário partilhá-lo, cultiva-lo,
exibi-lo para que alguém possa outra vez destruir a minha já pobre opinião
sobre o Sr. Amor… Mas nunca foi minha intenção enganar ou magoar ninguém – não desejo
para ninguém o que já passei – mas parece que falta de Amor e frieza magoam as
pessoas que ainda têm uma boa opinião de amor… E lamento não ser capaz de
retribuir certas coisas.
Mas a verdade é que sou uma pessoa cheia de esperança – e gosto de acreditar
que um dia vou encontrar aquela pessoa e que, mesmo sem querer, irei outra vez
dar tudo e esforçar-me ao máximo para ter uma relação – não perfeita, mas feliz
e muito apaixonada.
*Bem, que grande texto – é o que se obtém de uma grande
inspiração…*