Sim, continuo a ter que fazer.
Há meses que não me lembro de duas semanas como estas que tenho passado. O trabalho já não está atrasadíssimo e eu já não tenho desejos de desaparecer do mapa – mas continuo a ter que fazer, continua a não estar tudo certinho como eu gosto, dentro dos prazos que eu me estipulo e que gosto de cumprir, nos termos dessa organização que me permite horas sem ter que fazer ou sem ter necessidade efectiva de efectivamente fazer.
Mas tem sido assim e o que tem de ser tem muita força – sempre me disseram – é um facto.
Mas tem dias em que a vontade não ajuda, em que a alma não está presente ao sacrifício, em que o corpo parece não querer colaborar – ontem e hoje, os meus dias têm sido assim. Já não sei se é cansaço ou algo diferente, sei que me tenho perdido novamente em horas infinitas de leitura, grata pela solidão e pelo silêncio da actividade, em dias em que não me sinto em sintonia com os outros, nem com o mundo.
Por agora - e à falta de melhor - vou-me sintonizar aqui com a rádio.
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